Potencial de Santa Maria e região será apresentado na 46ª edição da Expointer

Bibiana Pinheiro e Eduarda Paz

Potencial de Santa Maria e região será apresentado na 46ª edição da Expointer

Foto:Divulgação Cabanha Saudade de São Gabriel

A Cabanha Saudade, de São Gabriel, levará entre os animais três trios bovinos da raça Devon.

Produzir mais e melhor no setor da agropecuária no Rio Grande do Sul é sempre um desafio. Para isso, a tecnologia é aliada nos avanços. Essa é a mensagem da 46ª Expointer, considerada a maior feira do setor a céu aberto da América Latina.

 
O evento começa neste sábado e vai até 3 de setembro no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A Região Central marca presença com 61 produtores, de 14 municípios. Oito são expositores regionais de produtos alimentícios e artesanato e os demais levarão seus animais para as competições e provas. Desses, nove são de Santa Maria.


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Conforme os dados das Secretarias da Agricultura, Pecuária e Irrigação e de Desenvolvimento Rural, temos as cabanhas participantes, criadouros de raças como gado, caprino e ovino, e os expositores da agroindústria da região.

A expectativa da organização do evento é superar 2022, que ficou conhecida como a Expointer dos Recordes. Para isso, mais de 772 mil pessoas terão que visitar o parque durante o evento e mais de R$ 7 bilhões terão que ser movimentados.

 
Conforme os dados da Secretaria de Desenvolvimento, entre as nove cabanhas de Santa Maria, está a Santa Alice, do médico veterinário Henrique Ribas, 47 anos. Para o evento, a propriedade vai levar o touro reprodutor Ícaro, que estará completando 3 anos no dia do julgamento da Expointer. O animal é da raça devon.
Ribas explica que o nome é por causa da origem britânica da raça de corte. O primeiro registro é de 1756, na região do condado de Devon, sudeste da Inglaterra. São animais que produzem carne de alto padrão de qualidade.

Com peso de uma tonelada, Ícaro vai concorrer na categoria Sênior. O animal pertence, atualmente, a um condomínio entre a Cabanha Santa Alice e a Cabanha Boeck, de Encruzilhada do Sul, que será responsável pelo preparo e condução na pista de julgamento neste ano.

– Ele é filho de Vasto, da Santa Alice, touro que já deu à cabanha o título de grande campeão da Expointer. A propriedade já participou de muitas Expointer, temos mais de 50 anos na criação da raça devon e participamos de diferentes anos e em diferentes modalidades, sempre com animais dessa raça – revela Ribas.

Para o médico veterinário, a baixa de inscritos na edição se deve muito pela série de fatores negativos que atingem o setor da pecuária: reflexo da estiagem, queda do preço do gado e dos grãos. Além disso, o investimento para estar no evento é alto, já que os animais precisam de um tratamento diferenciado, que custa mais caro.

– Um reprodutor desses (animais de argola) tem um custo mensal superior a R$ 2 mil. E a preparação é de 12 meses. O retorno é a visibilidade que a cabanha atinge. O animal que sai campeão ganha atenção e desejo de outros criadores de multiplicar a genética nas suas propriedades. Desperta o interesse em contatar os reprodutores para serem doadores de sêmen. Ou também, para aqueles produtores identificarem animais de linhagem superiores para adquirirem – afirma Ribas.

Organização

A Expointer é organizada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), prefeitura de Esteio, Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers).

 
Também integram a orgnização a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e e Organização Cooperativa e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sistema Ocergs-Sescoop/RS).

Animais da região são apostas de prêmios na feira

A Cabanha Saudade, de São Gabriel, tem mais de 70 anos de existência e atua na agricultura, pecuária e bovinos da raça devon. A propriedade conta com 1,2 mil animais.


A cabanha expõe seu rebanho antes mesmo de a Expointer se consolidar no Parque Assis Brasil. A Saudade também pertence ao veterinário Henrique Ribas, dono da Cabanha Santa Alice.

– Estamos levando três trios bovinos da raça devon. Um trio de terneiras, um trio de novilhas e um de touros. Na modalidade rústica, os animais competem em trios e também individualmente. No ano passado, a Saudade conquistou todas as premiações, vencendo o campeonato de trios de machos e de fêmeas, além do Grande Campeonato individual – explica Ribas.

O diretor da Estância Batovi, Augusto Marques Mascarenhas de Souza, 73 anos, de Dilermando de Aguiar, vai expor na feira gado de corte charolês (originária da França). Em 2022, segundo ele, foi a cabanha mais premiada do evento. Neste ano, o objetivo é o mesmo com os 14 animais que estarão nas competições.
A Batovi surgiu no lugar da Cabanha Santo Izidro, que também criava cavalos crioulos e ovinos apenas para o consumo.


  • Agudo – 3 expositores da agroindústria 
  • Caçapava do Sul – 6 cabanhas 
  • Cacequi – 1 cabanha 
  • Cruz Alta – 6 cabanhas 
  • Dilermando de Aguiar – 1 cabanha 
  • Dona Franscisca –  1 expositor da agroindústria 
  • Itaara – 1 cabanha 
  • Itacurubi – 1 cabanha 
  • Jaguari – 1 cabanha 
  • Jari – 1 cabanha 
  • Júlio de Castilhos – 6 cabanhas
  • Lavras do Sul – 6 cabanhas
  • Nova Palma – 1 expositor da agroindústria 
  • Rosário do Sul – 3 cabanhas
  • Santa Margarida do Sul – 4 cabanhas
  • Santa Maria – 9 cabanhas
  • Santana da Boa Vista – 1 cabanha
  • Santiago – 3 cabanha
  • São João do Polêsine – 1 expositor da agroindústria 
  • Tupanciretã – 3 cabanha e 2 expositores da agroindústria 

Sucesso do evento

A expectativa da organização do evento é superar 2022, a qual ficou conhecido como a Expointer dos Recordes. Para isso, mais de 7,7 mil pessoas terão que visitar o Parque ante até dia 3 e mais de R$ 7 bilhões teriam que ser movimentados. 


O que tem na Expointer

  • Máquinas e implementos agrícolas 
  • Agroindústria – produtos com base na matéria prima do campo
  • Apresentação de novas tecnologias
  • Competição entre os animais de argola – bovinos que são avaliados individualmente
  • Provas e leilões dos animais rústicos, como ovinos, bovinos de corte e leite, equinos, zebuínos, bubalinos, caprinos, chinchilas e coelhos
  • Seminários, debates, exposições, leilões, julgamentos, eventos
A expectativa é de superar a edição de 2022. Foto: Gustavo Mansur/ Divulgação Palácio Piratini

Programação 

As atividades começam neste sábado e seguem até dia 3 de setembro. A cerimônia oficial de abertura ocorre na sexta-feira (01), às 10h, na pista central, com o Desfile dos Campeões e entrega da Medalha Assis Brasil para personalidades de destaque no meio rural. Toda a programação, pode ser conferida no site da Expointer/RS


A participação de Santa Maria 

Conforme os dados da Secretaria de Desenvolvimento, serão nove cabanhas de Santa Maria na Expointer deste ano. Dentre elas, está a cabanha Santa Alice, do médico veterinário Henrique Ribas, 47 anos. Para o evento, a propriedade vai levar o reprodutor Ícaro, que estará completando 3 anos no dia do julgamento da Expointer. O animal é da raça bovina Devon. 


Henrique explica que o nome é por causa da origem britânica da raça de corte. O primeiro registro é de 1756, na região do condado de Devon, sudeste da Inglaterra.  São animais que produzem carne padrão gourmet. 

A Cabanha Santa Alice, gerida por um santa-mariense levará o Ícaro para concorrer na na categoria Sênior. Foto: Divulgação Cabanha Santa Alice de Santa Maria

Ícaro vai concorrer na categoria Sênior. O animal pertence, atualmente, a um condomínio entre a Cabanha Santa Alice e a Cabanha Boeck, de Encruzilhada do Sul, que é responsável pelo preparo e condução na pista de julgamento, nesse ano.


– Ele é filho de Vasto, da Santa Alice, touro que já deu à Cabanha o título de grande Campeão da Expointer. A propriedade já participou de muitas Expointer, temos mais de 50 anos na criação da raça Devon e participamos de diferentes anos e em diferentes modalidades, sempre com animais dessa raça – comenta Henrique. 


Para o médico veterinário, a baixa de inscritos na edição, deve-se muito pela série de fatores negativos que atingem o setor da pecuária: reflexo da estiagem, queda do preço do gado e dos grãos. Além disso, o investimento para estar no evento é alto, os animais precisam de um tratamento diferenciado que custa mais caro. 

– Um reprodutor desses (animais de argola), tem um custo mensal superior a R$ 2 mil. E a preparação é de 12 meses. O retorno é a visibilidade que a cabanha atinge. O animal que sai campeão ganha atenção e desejo de outros criadores de multiplicar a genética nas suas propriedades. Desperta o interesse em contatar os reprodutores para serem doadores de sêmen. Ou também, para aqueles produtores identificarem animais de linhagem superiores para adquirirem. 


Animais bem criados na Região 

A Cabanha Saudade, de São Gabriel, tem mais de 70 anos de existência e atua na agricultura, pecuária e bovinos da raça Devon, com mais de 1200 animais. A propriedade expõe o rebanho antes mesmo da Expointer consolidar-se no Parque Assis Brasil. O local também pertence ao médico veterinário Henrique. 


– Estamos levando três trios bovinos da raça Devon. Um trio de terneiras, um trio de novilhas e um de touros. Na modalidade rústica, os animais competem em trios e também individualmente. No ano passado, a Saudade conquistou todas as premiações, vencendo o campeonato de trios de machos e de fêmeas, além do Grande Campeonato individual – explica o médico veterinário. 


O diretor da Estância Batovi, Augusto Marques Mascarenhas de Souza, 73 anos, de Dilermando de Aguiar, vai expor na feira os gados de corte Charolês (originária da França). Em 2022, segundo o diretor, foi a cabanha mais premiada do evento. Nesse ano, o objetivo é o mesmo com os 14 animais que levou para participar. 


Riquezas da agroindústria 

Foto: Foto: Gustavo Mansur/ Divulgação Palácio Piratini

Além da presença dos animais, quem visitar o Parque Assis Brasil poderá conhecer um pouco mais dos produtos que surgem a partir da agricultura, pecuária, aquicultura, cultivo de animais no meio aquático, ou silvicultura, cultivo das árvores, no Estado. 

Conforme a secretária de Desenvolvimento Rural, cinco municípios da Região Central terão representantes que marcarão presença neste setor: Agudo, Dona Francisca, Nova Palma, São João do Polêsine e Tupanciretã. Confira os empreendimentos a seguir. 


  • Agudo – Agroindústria Kleinert Alimentos; Mel Schüller; Agrodoce 
  • Dona Franscisca – Agroindústria Brott Haus 
  • Nova Palma – Artesanato São Luiz
  • São João do Polêsine – Giacomini Alimentos 
  • Tupanciretã – Agroindústria Tiaraju; Produtos Coloniais Fioresi 


O desempenho da UFSM

Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia da UFSM – AGITTECFoto: Gabriel Haesbaert (Arquivo Diário)

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) participa da 46ª Expointer com representantes do InovaTec UFSM Parque Tecnológico e Pulsar Incubadora Tecnológica

Durante a Expointer ocorrerá a 27ª edição do Prêmio “Futuro da Terra”, uma parceira entre o  Jornal do Comércio e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), que premia as empresas que mais contribuem para o desenvolvimento do agronegócio e a preservação ambiental, por meio de práticas inovadoras e sustentáveis.

 A UFSM será agraciada em três categorias: Categoria Cadeia de Produção e Alternativas Agrícolas (professor Nereu Augusto Streck), Categoria Preservação Ambiental (Projeto Advanced Farm 360 – Colégio Politécnico) e Categoria Startup do Agronegócio (Webcaps).


Além disso,as startups da Pulsar estarão presentes no espaço do RS Innovation Agro. Confira a lista:


Itec Park UFN

A Universidade Franscisca (UFN) fará parte da programação com uma amostra dos seus projetos de inovação no agronegócio e apresentação do Itec Park UFN. O lançamento do grande projeto será no dia 28 de agosto (segunda-feira), às 15h, no espaço do RS Innovation Agro’ que estará sediado na Casa da Febrac (Federação Brasileira dos Criadores de Animais de Raça).

O Parque Tecnológico da Universidade Franciscana busca impulsionar ainda mais a inovação na Região Central gaúcha.

A estiagem castiga a pecuária

Localidade próxima a barragem DNOS em janeiro de 2023. Foto: Eduardo Ramos (Arquivo Diário)

Os impactos da estiagem não cicatrizaram no Rio Grande do Sul, e a preocupação é que a ferida não abra novamente. Na pecuária, ao olharmos desde 1995 a 2019, temos perdas que somam R$ 41,3 bilhões pelos impactos da falta de água no campo.

Na perspectiva da veterinária da Emater/RS-Ascar, Elusa Andradea estiagem pode aparecer na escassez de pastagem e diminuir o peso dos animais. Quanto mais tempo demorar para engordar, maior é a espera para o abate. O menor número de nascimentos também pode ser uma realidade. 

A veterinária Elusa ainda fala sobre às baixas no valor no corte do boi, que  impactam no volume de produção e, consequentemente, na ponta final: de venda. Estes são desafios que os produtores tiveram que passar com a estiagem. 


Investimento em irrigação 

Neste contexto de perdas pela situação climática, o  governador Eduardo Leite (PSDB)  e o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação Giovani Feltes anunciaram a destinação de R$ 86,9 milhões para projetos de irrigação e distribuição de água por meio de poços artesianos.

Os recursos fazem parte do programa Supera Estiagem por meio de dois novos editais.  Todos os 497 municípios gaúchos serão contemplados via convênio. 


  • R$ 66,7 milhões para distribuição de água por meio da perfuração de poços artesianos. O valor para cada solicitação irá depender do tipo de rocha que necessita ser perfurada no município 
  • R$ 20,2 milhões de para projeto de irrigação solicitados pelos próprios produtores rurais, como pessoa física, para projetos que se encaixem em duas categorias: implantação ou ampliação de sistemas de irrigação; e construção, adequação ou ampliação de reservatórios de água. O valor pago pelo projeto corresponde a  20% do valor do projeto
  • A previsão é de que cerca de 1,3 mil produtores rurais sejam atendidos pelos recursos 


Ingressos 

  • Ingresso na hora – Venda presencial, que ocorrerá apenas durante os dias do evento, na bilheteria do parque (portão 3)
  • Ingressos on-line – Disponível neste link.
  • Valor – Inteira R$ 16, meia-entrada R$ 8. As crianças de até 6 anos, acompanhadas dos pais ou responsáveis, têm entrada gratuita.  Já os idosos com 60 anos ou mais e pessoas com deficiência pagam meia
  • Estacionamento – Para visitantes o valor é de R$ 40
  • Horários e portões (((pontos))))
  • público pedestre - 8h às 20h30, pelos portões 2 e 6;
  • excursões - 8h às 18h30, pelo portão 9;
  • autoridades - 6h às 22h, pelo portão 4;
  • veículos visitantes - 8h às 20h30, pelo portão 15;
  • veículos expositores de máquinas e implementos agrícolas - 8h às 20h30, pelo portão 15;
  • veículos de expositores de animais e imprensa - sem restrição de horário, pelos portões 5 e 10.

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